terça-feira, agosto 23, 2005

Sobre os amores

Não sei o que pensar sobre o amor. Não sei o que pensar sobre os amores que tive. Não sei o que pensar sobre o amor que tenho. Ou os que terei. Dizem que amor não é pra pensar, é pra sentir, mas eu não consigo evitar de fazer o que me é impróprio.
Não posso mais sentir o passado, racionalizarei-o então: o que eles significaram para mim? No momento meu olhar era terno (penso, às vezes, que terno como o de uma mãe - mas não foram eles meus filhos... Só se filhos forem ilusões). Eram tantas as idealizações e, paralelamente, tantas as decepções, e no saldo final é como se positivo com negativo desse zero. E eles fossem insignificantes. Ou nem existissem.
O presente é vívido, posso tocá-lo e senti-lo tão profundamente que dói. Tão profundamente que estremeço, e às vezes até esqueço. Sobre ele tenho um olhar apaixonado, pois nele sou amante e, quem sabe, amada. É como uma inundação na psiquê, fresca e agoniante, por ora sufocante, mas que não deixa de ser um banho frio em uma noite enluarada e quente de verão. Não consigo, agora, perceber o trilha paralela das idealizações, e tenho medo de percebê-la futuramente (como conseguiria lidar com a possibilidade de o saldo final ser novamente zero? Que o que é, nesse momento, tudo, um dia seja nada?).
No futuro a trilha das idealizações anula a realidade. E tudo é perfeito, como eu sempre sonhei, com príncipes encantados me acariciando com tanto respeito e amor que eu transbordo. De alegria. De emoção. De enjôo. Mas transbordo e alcanço a tão sonhada utopia. Me sinto bem às vezes por não conseguir nunca alcançar o futuro (porque, depois dos despojos do enjôo, o saldo também haveria de ser negativo).

Lições do dia: carinho com o passado, apreço pelo presente, realismo no futuro.

Só falta decorar.

5 comentários:

Anônimo disse...

eu te (a) amo!

ps. tb não sei o q pensar sobre o amor...
talvez o q sentir...

Anônimo disse...

gostei da ladainha criada por ti... posso decorar tb????

Anônimo disse...

não decore nada... amor não é ciência exata pra se ter uma fórmula, nem biológica para ter verdades absolutas, muito menos ciência humana... deixar o ego de lado e se entregar de corpo e alma a alguém vai contra os princípios básicos do ser humano... acho que amor é simplesmente amor, e não é filme...

Anônimo disse...

Como eu gosto de dizer: o amor é cego, surdo, burro, pobre, anda à pé e mora longe! O amor é uma droga q começa com o torpor da paixão, vicia com a relação e qdo termina, vem a depressão.

....

Was ist? Que nome de blog? Ñ entendi!õ.O

Anônimo disse...

cara, vc me surpreende. Gosto de vir aqui porque às vezes penso que vc não escreve só pra vc, mas escreve pra mim. Em algum momento, o que pode ser em todo o instante, td o que vc diz é meu. Lidamos com os mesmos sentimentos... mas nao sei, vc... porém sempre pensei que não existe coisa pre-definida do amor, o amor é e não é... coisa estranha, mas a melhor do mundo. Adorei sua "lição do dia". Bai virar filosofia de vida, eheheh... Beijão!