segunda-feira, junho 04, 2007

Cantiga do poeta vivo que reviveu, morto.

Algo se perdeu no texto...
assim!, entre as entrelinhas
entre todas redondilhas
e todas prosas a esmo.

Ai de mim!, perdi a rima!
Ai de ti!, perdeu desejo!
E o amor esconde no ensejo o
que o tempo esconde na brisa.

Toda a emoção e paz
a obscurecer a letra...
Só essa inspiração fugaz
A brincar comigo, leda!

Ai de mim!, perdi a rima!
Ai de ti!, perdeu desejo!
E o amor esconde no ensejo o
que o tempo esconde na brisa...


*


... E o quê o tempo esconde na brisa?...

2 comentários:

Marília Kodic disse...

Entrei aqui por acaso, sou amiga da Mel! Muito bons seus textos! "Primeiro Comando" - muuito bom! Beijo
Marília

Arthur Ribeiro disse...

O Salaminho e a Fênix
ou
Memórias de um almoço legal


Algo se perdeu nos dentes...
assim!, entre os salaminhos
entre todas redondilhas
e todo esse pão com recheio.

Ai de mim!, perdi a rima!
Ai de ti!, perdeu desejo!
E o pão esconde no ensejo o
que de mim esconde Luísa.

Todo o parmesão e alface
a obscurecer a letra...
Só essa inspiração salgada
A brincar comigo, leda!

Ai de mim!, perdi a rima!
Ai de ti!, perdeu desejo!
E o pão esconde no ensejo o
que o de mim esconde Luísa...


*


... E o quê de mim escondes, Luísa?...