"Vem comigo, vem
já tenho quase tudo que me basta
a flor do pasto, a mesa posta
minha música e teu calor
agora só me falta aprender o silêncio"
Zeca Baleiro, "O Silêncio"
Essa escrivinhadura é vontade de ouvir o som do teclado. Aceita a quietude - não aceito. Aceita a calma - não aceito. Mente quieta e dedos inquietos, é isso que escrevo sem escrever. Eu estou escrevendo um som agora que vocês não irão ouvir, mas que me alegra. O som corta o silêncio que não existe: teclado, tecidos dobrados, ferro-de-passar, corrida de fórmula um, carro na rua, piano do vizinho, sinfonia.
Quero que entendam o silêncio que não existe porque não entendo o silêncio que existe, ele não se quer explicado. Acho que o silêncio é um hiato. Talvez ele se esconda de mim, pronto p'ra dar um susto quando eu abrir a porta. Quando abrir a porta, conto a surpresa. Quando contar, talvez entenda.
Não entendo, mas desconfio que esse silêncio tenha completude. Sim entendo, é essa falta das palavras que saem. Não entendo, mas desconfio que me faça bem. Sim entendo, foram as palavras que tirou do meu ouvido com sua boca. Entenda-não-entenda, esse silêncio é a companhia que me deixa. Entenda, você nunca me deixa só.
já tenho quase tudo que me basta
a flor do pasto, a mesa posta
minha música e teu calor
agora só me falta aprender o silêncio"
Zeca Baleiro, "O Silêncio"
Essa escrivinhadura é vontade de ouvir o som do teclado. Aceita a quietude - não aceito. Aceita a calma - não aceito. Mente quieta e dedos inquietos, é isso que escrevo sem escrever. Eu estou escrevendo um som agora que vocês não irão ouvir, mas que me alegra. O som corta o silêncio que não existe: teclado, tecidos dobrados, ferro-de-passar, corrida de fórmula um, carro na rua, piano do vizinho, sinfonia.
Quero que entendam o silêncio que não existe porque não entendo o silêncio que existe, ele não se quer explicado. Acho que o silêncio é um hiato. Talvez ele se esconda de mim, pronto p'ra dar um susto quando eu abrir a porta. Quando abrir a porta, conto a surpresa. Quando contar, talvez entenda.
Não entendo, mas desconfio que esse silêncio tenha completude. Sim entendo, é essa falta das palavras que saem. Não entendo, mas desconfio que me faça bem. Sim entendo, foram as palavras que tirou do meu ouvido com sua boca. Entenda-não-entenda, esse silêncio é a companhia que me deixa. Entenda, você nunca me deixa só.
3 comentários:
nunca há silêncio.
ao mesmo tempo, words are very unecessary, they can only do harm
adoro é o molador da região sul de BH: Amoooolo faaaaaaaaacas, tesoouras, alicates de uuuuuuunhaaaaa!
silêncio
sua língua
míngua
a minha
[preciso mesmo falar pouco]
beijo menina que escreve muito.
.nat.
Quanta gente que
escreve bem por aqui.
Luísa, que lindo texto,
fluido e reflexivo.
Natacha, que três versos!
Posso dizer o mesmo de '42'.
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