segunda-feira, novembro 10, 2008

Quase amores... desamores

Uma amora não é quase uma amora, quando verde. É já uma amora, sem a voluptuosidade do fruto que comemos. O devenir, a pretensão, ainda que haja interrupções (que não haja interrupção). É o presente do subjuntivo com futuro do presente do indicativo. É nossa projeção. Amora não é amor, porque esse me dá arrepios. Não quero usar essa palavra que flutua pela existência inominada. Não quero. Quero essa salada de frutas pouquíssimo diversificada. Quero amora. Não é mais tempo de amoras.

A ponta do meu dedo indica o futuro do pretérito: desamora. Sem projeções, sem pretensões. A ponta do meu dedo indica (vamos lá!) amor. Desamor. Como não?