Olha para o todo. As formas compassadamente mutantes da realidade cotidiana e da irrealidade ficcional vêm dessas formas imateriais, esses vazios inexplicáveis que somos nós. Olha para o todo.
A vaga te perguntará o sentido e se, distraído, olhares para ti, não saberás o que responder. Se não responderes, não saberás para onde ir, e te sentarás no meio do caminho, perdido entre a ida e a volta. Como se as opções fossem muitas, como se não fossem nenhuma. Como se a estrada não fosse óbvia.
Não aches o caminho no teu corpo. Ele que é um só, e tua carne que não é. Ele que te levará aos ciclos de tua errante corrente sanguínea e não te levará a lugar nenhum. Teu corpo não é nada. Nada sem aqueles outros entes imateriais, sem as histórias, sem as falácias. Teu corpo, sozinho, não é nada. Olha para o todo.
sexta-feira, julho 17, 2009
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Um comentário:
Luísa,
Depois vc decodifica os ideogramas do amigo acima...
É cântico, de fato. O todo é maior do que o olho.
Beijo.
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