sexta-feira, abril 09, 2010

Despeje água fervente

E agora eu chego aqui e começo a escrever um monte de coisas, não sei que coisas. Qualquer coisa para cortar esse silêncio que só faz ecoar mágoas, féis (?), féus, troféus, le feu. Bleu, tout bleu.

Um balde de água em algumas gotas de algo amargo, que talvez fossem desses remédios que fazem o terror da vida das crianças, mas que saram. Para beber, beber, e o gosto amargo ser um fundo esquecido, que dele só fique a cura.

Eu chego aqui e escrevo essas palavras para dissolver. Só dissolver, como eu tenho me dissolvido nessas ruas tortas e errantes. Ficando perdida de vez em quando, me encontrando na porta de casa. me acabando em pistas de dança, deixando um pedaço aqui e outro lá... Perdendo e achando depois.

Perdendo essas palavras, bleu, do baton rouge, do francês que eu queria, the english I read, o português que me resta, o brasileiro que não nasceu e o crioulo que nasceu lá no Cabo Verde, onde o turismo aumenta e falar do coração já não é mais pecado.

Bo ta bai?