"I'm gonna sit right down and write myself a letter
And make believe it came from you..."
Joseph Young and Fred Ahlertv, na voz de Madeleine Peyroux
Não me aflige,
o cabeçalho com minha letra
não me aflige.
O "meu amor" que inicia
tem sua voz doce,
o sussuro no meu ouvido direito.
Essas são as mal traçadas linhas
que você não escreveu
)por serem mal traçadas(
mas que você sentiu, sentia,
não sente mais?
Senti por você.
Há tempos sua partida, eu sei
que não tem tempo para frivolidades
na cidade luz, mas eu tenho
nessas janelas que dão para a praça,
eu tenho, eu quero a carta.
O carteiro não dá notícias,
seu Zé dos telégrafos vem às sextas
(pro café) só (pro café) sem você.
Enquanto você vive seus cafés, seus bordéis
seus moinhos vermelhos,
aqui nossas águas passadas movem meus moinhos
e meus miolos de vento
e eu sento
e escrevo pra mim mesma uma carta,
fazendo de conta que são seus garranchos
e suas hipóteses.
Veja a versão da Lí sobre o mesmo tema.
4 comentários:
Gostei de ler:)
Comenta o meu blog:)
A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA:)
aaaaaaaaaaaaaaaah, adorei a parte que fala do Seu Zé! de verdade
chegou feliz em casa, honey pie?
lindo...
Adorei, Luísa!
Principalmente o começo que, se eu entendi direito, você mesma escreve a carta mas é como se seu amor é que tivesse escrito, ouve a voz dele saindo daquelas auto-palavras.
Gostei.
Beijos!
Postar um comentário