leve como pluma
pluma leve como ar
leva a pluma
deixa o ar
deixa o corpo
leva a dança
deixa tu
leva eu
leva eu
deixa tu
segunda-feira, março 31, 2008
segunda-feira, março 24, 2008
Espacial
P'ra você não ter espaço.
Ler todos os livros que pude
vestir no corpo a rota roupa
poupar o corpo do parco alimento
esvair da mente sonhos a realizar
desfilar garranchos n'alta madrugada
gritar seu nome, arranhar suas costas
p'ra não ter espaço para você.

Vincent van Gogh
Avenue of Poplars at Sunset, 1884
Autobiografia
Isabella tem q... anos. Seu nome possui um "L" a mais por causa da numerologia e essa ciência lhe é oculta. Possui especial simpatia por freiras, mas não gosta de taxistas. Dorme com sua cadelinha Fiona, a quem deu uma coleira com "Fifi" gravado em seu aniversário de dez anos caninos. Toma sorvete em dias frios. Anda em casa só de calcinha nos dias quentes. Não sabe o que é um orgasmo.
Mas meu nome é Luísa.
Mas meu nome é Luísa.
sexta-feira, março 21, 2008
Eidetismo IV
Infância
E veio a colônia de férias. A única certeza que eu tinha sentada no fundo daquele ônibus colorido era de que eu não estava entendendo absolutamente nada do que estava acontecendo, que talvez aquilo tudo fosse a extensão de um sonho sem tato ou algo assim. Às vezes eu jogava um jogo e jogavam a bola em mim e eu jogava neles todos os palavrões que eu (ainda) não tinha aprendido, e jogava lágrimas ao léu perguntando a mim mesma o que eu deveria ter feito pra minha mãe ter me mandado pro limbo. Mas sempre chegava a hora da piscina. E melhor, a hora de escovar os dentes. Só aí poderia trocar Colgate por Tandy de tutti-frutti, aquele que tinha um coelho desenhado no tubo - e gosto de infância.
E veio a colônia de férias. A única certeza que eu tinha sentada no fundo daquele ônibus colorido era de que eu não estava entendendo absolutamente nada do que estava acontecendo, que talvez aquilo tudo fosse a extensão de um sonho sem tato ou algo assim. Às vezes eu jogava um jogo e jogavam a bola em mim e eu jogava neles todos os palavrões que eu (ainda) não tinha aprendido, e jogava lágrimas ao léu perguntando a mim mesma o que eu deveria ter feito pra minha mãe ter me mandado pro limbo. Mas sempre chegava a hora da piscina. E melhor, a hora de escovar os dentes. Só aí poderia trocar Colgate por Tandy de tutti-frutti, aquele que tinha um coelho desenhado no tubo - e gosto de infância.
sexta-feira, março 07, 2008
Brama Sole
vento no mato
pé na grama
grama-sol, grama-seca
vento grilo.
um debate, um latido
um samba.
uma revolução!
e sua voz no meu ouvido...
pé na grama
grama-sol, grama-seca
vento grilo.
um debate, um latido
um samba.
uma revolução!
e sua voz no meu ouvido...
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