Eu quero perder-me nos braços. Nos braços de um rosto desconhecido e belo. Não há mais passado que valha, e o passado engole vorazmente estes rostos do presente, rostos de braços inúteis e inóspitos.
(O passado não tem mais rostos para o amores táteis)
Quero perder-me nos braços e nos cabelos e na nuca e no cheiro. De quem, não sei quem, aquele, não sei. Perder-me com sofreguidão. Dissolver-me com fúria. Desejar à exaustão esse desconhecido, como se uma corda me puxasse pelo umbigo em direção ao nada.
Perder-me nos braços cabelos carne osso. Eu quero perder-me no que há de vir. E em nada mais.
sábado, julho 18, 2009
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4 comentários:
então perca-se...
Genail o texto, Lu! Demais a sua cara, achei.
Saudades de tu!
Beijos!
foi dos textos mais bonitos que li nos últimos tempos.
e me identifiquei muito
aiminhafilhaétalentosa
Luísa,
O buraco branco da perda pode não ter qualquer glamour...
Belo texto.
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