O coração bate arretado, apertado, sem pressa de parar e com pressa de pulsar. Forte, doído. Como se quisesse irrigar o quarto vazio de sangue, como se as veias não fossem o caminho certo, como se estar dentro de si não fosse suficiente, como!
O que escapa à boca não escapa ao coração. Por isso o pulsar denso e o silêncio. Sopra uma voz anciã: "Criança... nunca foste de guardar tantas palavras".
Agora era, mas não por muito tempo. Aguardava, muda, que as palavras pulsassem fluidas por entres os dedos e fizessem uma lambança obtusa no quarto; passassem por debaixo da porta e inundassem corredor, cozinha e sala de jantar.
Quando o fluido não bastasse, as palavras dissolveriam-se no ar e seriam ouvidas por ouvidos desatentos, causariam calafrios, levariam alegrias inesperadas. Misturariam-se com a voz anciã até que ela fosse inaudível aos ouvidos de qualquer outro ente desavisado, mudo e a pulsar. Não mais faltariam palavras à boca. Não mais faltarão palavras ao coração.
terça-feira, abril 07, 2009
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6 comentários:
adoreeeeeeeei a imagem do sangue preenchendo o quarto (vampira mode on?)
essa voz anciã me lembra a árvore super sábia da pocahontas huahuahuahua..
ai, liga pra mim não... amei o texto, tem uma intensidade muito forte, inundado de emoção! o que a boca calou os dedos teclaram =P (pri boba)
Lindo, Luísa!
Menina, vc escreve MUITO, nem imaginava, flor!
Tah addedada nos meus favoritos lah, oh!
Beijos!
=***
Nossa, q lindo... Acho q foi a coisa q eu li aqui e mais gostei!
=O)
Psychoo vc escreve muito, descobri seu blog por acaso e me surpreendi!! Parabéns msm!! adoreeei
Blog magico querida poeta Paulista e talvez uma escritora renomada como a LANA PARKER do RECANTO DAS LETRAS se não conhece seria interessante conhece-la vcs tem caracteristicas iguais em formas de escritas. www.recantodasletras.com.br/autores/lanaparker
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