
O que seria uma paixão para mim? Vira-me a cabeça e me tira do sério? Não falarei de amor agora, falarei de teatro!
O palco tem um cheiro inesquecível de madeira. Não é qualquer madeira, não é qualquer piso, é um universo parelelo que cruza o nosso universo. Não dizem os matemáticos que duas paralelas se encontram no infinito? Pois então, teatro é o ponto no infinito. Se considerássemos o infinito o fim, e o fim um começo, o teatro seria o início. A tela em branco.
Lá, nesse ponto infinito, você cria outras pessoas dentro de si mesma. Lá, nesse ponto infinito, você se lembra da realidade e se esquece dela ao mesmo tempo. Lá, nesse ponto infinito, você se sente em casa. Lá, nesse ponto infinito, você se sente livre.
E como é bom ser livre e voar! Não são necessários cabos nem roteiro do Peter Pan: o infinito flutua, o infinito é uma bolha. Lá tenho meus figurinos e minha maquiagem e, no entanto, estou nua. Por dentro e por fora.
No infinito as luzes vêm de todos os lugares e com toda a intensidade. Mas a liberdade não se ofusca. O frio na bariga não se ofusca. Os aplausos não se ofuscam. A paixão também não.
6 comentários:
eu já fiz teatro um dia... eu já quase fui pra faculdade de teatro.
eu posso dar milhares de desculpas pro fato de ter desistido, mas acho que a mais sincera delas é a de que eu tive medo.
de que os outros me vissem e de que eu mesma me visse
bizarro.
Eu demoro, mas apareço. Grata surpresa o seu blog, ainda mais assim logo pela amnhã. Não perco mais o caminho. :)
Oi menina, tudo bem? Adorei tudo que li. Também vou visitar seu blog mais vezes e já vi que vale a pena. Beijos.
Lu, eu lembrei de um filme chamado "Em busca da Terra do Nunca". Lindo demais... Me fez pensar. Beijos.
Luísa, às vezes eu me pegava pensando em quando voce nos falaria do teatro. Não um teatro qualquer, mas estas sensações que voce vive e reproduz no palco. Ótimo! Beijao
Teatroooooooooooooo!!
ah, saudades....
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