domingo, agosto 21, 2005

Desarticulada

Ao chegar em casa, a mesma cama, os mesmos livros, a mesma desordem. Mas algo diferente sobrevoa minha mente. Falta algo, um braço, um pé ou um fio de cabelo? Você.

Como sinto falta daqueles tempos, de quando meu mundinho caótico me bastava, de quando essa sua presença fugaz não entrava e saía silenciosamente de mim (e comigo ficar o vazio mais cheio que se possa existir). Você, constantemente tirando algo de mim, me deixando nua por dentro e por fora e estranhamente, deixando em mim algo que não consigo entender e ainda não sei se é bom ou ruim. Você, deixando sua marca, como diria, "crescendo dentro de mim".

E gosto disso? Não sei. É como se só percebesse quando estivesse nessa sua presença viva que me faz vibrar e me faz ver as coisas claramente, sem perceber. Sem entender. Mas quando estou longe de você sinto a marca que ficou, no seu cheiro a impregnar meu corpo e sua imagem a inundar meus olhos, mas ainda sem entender. É tão óbvio, mas incompreensível. Estaria eu agora definindo a saudade?

Quero sua presença para entender o que se passa, para essa marca se concretizar, para o escuro parecer mais claro, e, no entanto, continuar escuro. Para entender. Para esquecer. Você.

8 comentários:

Anônimo disse...

Primeirão!!!(Putz, q coisa mais infantil e tosca para se dizer...)
Uau, mais um texto foda, metáforas geniais, e a definissão de uma saudade além da saudade...obssessão. Em outras palavras, du karai.
Quanto a sua pergunta, não, não me recuperei da prova de física, seus efeitos não passaram, mas foram atenuados pela proximidade da prova de Geografia de amanhã...
"Houston, we have a problem." hehe
Bjos!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

OK, repetindo o post (pq acho q o perdi)
Sinto pelo post curtíssimo q eu deixei, tava passando por um momento deprê! É muito chato a pessoa q tem vários amigos na net, se esforçar e ver q ninguém comenta. Fora vc e a Lívia, ninguém mais aparece. Foi isso q tinha escrito no post anterior....
Aquela passagem do relógio foi uma viagem minha =P Quem dera se um dia eu chegasse pra bater o ponto, o relógio chegasse pra mim e dissesse: - Vai tirar uma folga! Toma um choppinho e deixa um pra mim pago ;D

*salvando pra ñ perder de novo*

Anônimo disse...

Eu num entendi esses comentarios nada a ver em ingles. Mas vamos lá...

Lu, isso que você falou foi saudade sim. Foi angustia de ter o que está longe. Foi saudade. E eu sinto também. E te digo amiga: junto dela vem um sentimento ainda mais angustiante e misterioso: a esperança. Eita danada que acaba com a gente... Adoro tu. Beijo. Tu tem msn?

Anônimo disse...

Saudade é assim...fácil de sentir e difícil de explicar. Mas vc faz isso com muita genialidade. Foi um prazer ler tão belo texto.
Uma semana cheia de luz pra vc...
beijão

Anônimo disse...

Eu deletei pq ñ era nada de mais :P Era uma frase de uma linha só!

Anônimo disse...

Luísa, tanta saudade assim tem nome?

Anônimo disse...

ah, eles vêm e vão. você só fica mais renovada, pronta pra outra. se não aconteceu, acontecerá, com esse ou com outro. Afinal, só que viveu mais sabe dos mistérios que nós jovens ainda vamos desvendar. Para isso, basta viver com vontade!